Arquitecto(s): IDOM
Localização: Bambey, Senegal
Ano: 2018
Área: 7.533 m²
Programa: Educacional
Cliente: Ministério do Urbanismo e do Habitat do Senegal
Estado: Construído
Nas regiões quentes, como é o caso da maior partem dos países africanos, o conforto térmico (especialmente alcançado por meios passivos) é sempre um dos factores ao qual os arquitectos têm maior atenção na concepção dos seus edifícios. Desde a sua implantação (optando pela melhor exposição solar, resguardada do sol) ao corpo do edifício (optando geralmente por volumes esguios, pois são mais fáceis de ventilar), ou mesmo pelo uso de dispositivos como palas, pérgolas, brise soleils, cobogós, entre outros, são inúmeras as estratégias que permitem aos arquitectos a optimização e renovação das massas de ar no interior dos seus edifícios. Hoje trazemos um projecto da IDOM, em Bambey, Senegal, que encerra em si uma série de estratégias de design passivo, o que lhe confere uma identidade visual que facilmente denuncia a sua condição geográfica.

Segue uma tradução livre do texto original dos autores, extraído na íntegra do seu site:
O Governo do Senegal, apoiado financeiramente pelo Banco Mundial, iniciou um ambicioso projecto de extensão e melhoria de várias universidades no país. Na Universidade de Alioune Diop, em Bambey, no oeste do país, estão previstos 4 novos edifícios que abrigarão a Unidade de Treinamento e Pesquisa, que incluirá salas de aula, sala de palestras para 500 alunos, laboratórios, salas de informática. e escritórios. Na Universidade de Gaston Berger, em Saint Louis, no norte do país, a proposta é de 3 edifícios para abrigar um ginásio coberto com capacidade para até 300 pessoas, uma piscina, um laboratório, um centro de documentação , salas de aula e escritórios.


O design dos edifícios foi condicionado pelo clima quente e húmido da região e pelo uso intensivo e alta taxa de ocupação das salas de aula. O corpo principal do edifício é envolvido por um segundo corpo permeável, com aberturas nas fachadas e no telhado, e a circulação é protegida, tanto quanto possível, da luz solar. As áreas do edifício foram projectadas para que permitam baixa manutenção e consumo mínimo de energia, complementadas por um sistema fitossanitário de tratamento de água que utiliza tanques de estabilização e bacias de infiltração de águas pluviais.
















