Arquitecto(s): Studio KO
Localização: Tagadert, Marrakesh, Marrocos
Ano: 2009
Programa: Residencial
Área: 300,00 m2
Estado: Construído
Localizada na pequena vila camponesa de Tagadert, nos arredores de Marrakech, em Marrocos, a Villa K, projecto dos arquitectos franceses, Olivier Marty e Karl Fournier, do atelier Studio KO, é um reflexo das influências Marroquinas patentes no traço arquitectónico do atelier, que conta já com vários projectos no país. O seu aspecto cru e maciço, enfatiza a envolvente maioritariamente árida desta área desértica de Marrocos.

Segue a tradução livre da descrição do atelier:
A Villa K foi projectada com um profundo respeito em relação a sua paisagem. O terreno, uma longa faixa norte-sul de rochas e areia, com um declive de ambos os lados, suave ao sul e íngreme a oeste, cria uma forte matriz para o projecto.


Localizado no final de uma aldeia tradicional, de frente para as montanhas do Atlas, os seus blocos de terra criam uma primeira impressão enigmática quando visto de baixo. Ecoando antigas casas circundantes, os volumes constituem a última camada construída da aldeia antes do grande vazio. Depois de atingir o nível principal, localizado no topo de uma escada ao ar livre, uma piscina infinita preta traz a vista para o sul. Atravessando a piscina, num ângulo não ortogonal, a casa está situada num volume de apenas um andar, protegido do sol por uma pérgola em consola feita de ferro e madeira de cedro, surpreendentemente aberta para o cenário.


A simplicidade do design permite vivenciar uma relação muito íntima com Marrocos: infinitos campos de trigo, ovelhas a pastar tranquilamente, um wadi contorcendo-se entre as oliveiras centenárias por um oásis não tão distante.A piscina afiada lembra aquelas antigas bacias de rega existentes nos arredores. Ela estica-se para alcançar e abraçar o horizonte montanhoso, tornando-se o ponto de sua própria composição geométrica.




Enquanto a natureza muda, dos invernos verdes à época de colheita de cor dourada, dos verões secos e arenosos aos dias chuvosos de inverno, a Villa K permanece a mesma. Um bloco silencioso de terra à beira de uma terra desleixada”


